A fístula perianal é uma doença proctológica pouco conhecida. Atinge mais os adultos jovens e aparece com maior frequência em homens.
Cerca de 0,01% da população é afetada pela condição, sendo o problema muitas vezes causado por abscessos anorretais prévios. Essa condição é definida como uma comunicação entre dois pontos, geralmente partindo do reto até a parte externa do ânus ou dos glúteos.
A fístula perianal normalmente acontece como um processo crônico após um abscesso perianal. Metade dos abscessos anais resultarão em uma fístula anal após a fase aguda.
Um abscesso anal, por sua vez, é uma doença aguda na qual ocorre a obstrucão de uma glândula anal, causando infeccão e uma coleção purulenta na região perineal.
O abscesso anal se inicia através da obstrucão do óstio de saída de uma glândula anal produtora de muco. Por não conseguir esvaziar, o conteúdo dessa glândula se acumula, e, por tratar-se de uma região naturalmente contaminada por fezes, esse conteúdo acumulado acaba se infectando, gerando o abscesso.
A secreção purulenta que fica dentro do abscesso precisa ser drenada, o que pode ocorrer naturalmente ou por via cirúrgica. Como consequência, ela comunica a região interna do canal do ânus ou reto e a pele da região externa do ânus, nádegas e eventualmente até o escroto ou a vulva, formando a fístula.
A fístula perianal também pode ser classificada de diferentes formas: interesfincterianas, transesfincterianas, supraesfincterianas e extraesfincterianas. A classificação se dá de acordo com o trajeto da fístula em relação aos esfíncteres anais.
O percentual delas é dividido assim:
Faz-se necessário destacar que somente 50% dos abscessos darão origem às fístulas. Por isso, não é possível prever quando o caso irá evoluir para uma fístula perianal.
Além disso, outra causa da fístula perianal é a Doença de Crohn que deve ser investigada nos casos de fístulas múltiplas, complexas ou recidivantes.
Ainda, é comum que fístulas já formadas possam causar novas infecções e a formação de outros abscessos.
Quando falamos dos abscessos, o quadro de sintomas é o de infecção, com apresentação de dor contínua e inchaço da região perineal.
Além disso, podem aparecer: vermelhidão da pele, cansaço, febre, calafrios e outros sintomas, como inapetência e prostração. É uma condição potencialmente grave que necessita tratamento médico imediato.
Quando há a presença de fístula perianal, porém, os sintomas infecciosos são mais brandos na fase crônica e, além desses, outros mais frequentes são relacionados à dor na hora de evacuar.
Outro sintoma comum é a saída de secreção purulenta pelo orifício localizado no períneo, que aumenta e diminui de forma intermitente associada à dor local. É importante lembrar que o tratamento é sempre cirúrgico, já que não existem medicamentos capazes de cicatrizar a fístula perianal. Mais do que isso, somente através da cirurgia é possível fechar o canal de comunicação da fístula perianal.
Porém, apesar da intervenção cirúrgica ser a única forma viável para corrigir o problema, ela pode ser feita de diversas maneiras.
Nos casos superficiais, as mais conhecidas são a fistulotomia e fistulectomia; nos casos mais complexos, a cirurgia pode ser feita em dois tempos, sendo as práticas mais recomendadas as de sedenho e retalho.
Diante das diferentes maneiras de diagnosticar e tratar as fístulas perianais, é essencial procurar um médico especializado.
Dessa forma, é possível tratar o problema de maneira correta, considerando o diagnóstico e as necessidades do paciente.
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